quarta-feira, 30 de novembro de 2011

ASA responde à matéria do Blog sobre Programa 1 Milhão de Cisternas



Em resposta à matéria publicada no dia 17 de outubro, na página http://www.blogdabronte.com.br/ver_noticia.php?id=2292, a ASA afirma que:

A Articulação no Semi-Árido (ASA) é uma rede formada por cerca de três mil organizações da sociedade civil, que atuam em prol do desenvolvimento social, econômico, político e cultural do Semiárido brasileiro, em 1999.

A missão da ASA é fortalecer a sociedade civil na construção de processos participativos para o desenvolvimento sustentável de convivência com o Semiárido, referenciados em valores culturais e de justiça social.

Em 2002, foi criada uma pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, de caráter beneficente, educacional, ambiental e filantrópico constituída sob a forma de sociedade civil, com sede e foro na cidade de Recife, estado de Pernambuco: a Associação Programa Um Milhão de Cisternas (AP1MC). O objetivo dessa Oscip é gerenciar o Programa de Formação e Mobilização Social para Convivência com o
Semiárido: Um Milhão de Cisternas (P1MC) e Uma Terra e Duas Águas (P1+2),

Há oito anos a AP1MC tem sua sede na Rua Nicarágua,111- Espinheiro, local alugado, pois não temos recursos próprios suficientes para a aquisição de sede própria. Isso não
significa que não tenhamos endereço fixo reconhecido e legalizado. Não somos entidade fantasma.

Preocupa-nos a forma como a matéria induz o leitor a acreditar que a AP1MC é uma Oscip de fachada e que os recursos por ela recebidos são destinados à sua própria
benesse. Uma simples apuração no site da ASA - www.asabrasil.org.br – teria garantido à jornalista um melhor entendimento do que é a ASA e a AP1MC, bem como ficaria claro para onde os recursos são destinados.

A ação da ASA nunca esteve e não está atrelada a governos ou partidos políticos. Há anos, a sociedade civil organizada vem lutando pela garantia do direito à água para consumo humano e produção de alimentos no Semiárido, valorizando a agricultura familiar, o conhecimento popular e construindo a convivência com o Semiárido. Foi nessa linha e por acreditar que o papel da sociedade civil consiste em propor, fazer o
controle social e executar políticas que a ASA propôs, em 2003, uma parceria com o Governo Federal.

A proposta da ASA, encampada pelo Governo Federal através do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), vem se desenvolvendo, ao longo dos anos, e contribuindo para a formação de políticas públicas para o Semiárido, que vem sendo executadas tanto pela AP1MC, como pelos estados e municípios. Um exemplo disso é a recente decisão da presidenta Dilma Rousseff de universalizar as cisternas no Semiárido, como reconhecimento da importância dessa ação para que as famílias rurais
tenham acesso à água de qualidade, direito que vem sendo defendido pela ASA desde o seu surgimento.

Atualmente, a AP1MC é apoiada em suas ações não só pelo Governo Federal, mas também por empresas, pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Cooperação Internacional e doações pessoais.

Todo o recurso recebido pela AP1MC é destinado às famílias do Semiárido, através de tecnologias sociais populares para captar e guardar água da chuva. Esse recurso, graças
à administração responsável e transparente das organizações que fazem a ASA, juntamente com a AP1MC, foi responsável por fazer uma verdadeira revolução no Semiárido. Hoje, já são quase 400 mil famílias com cisternas ao lado de casa, com água de qualidade para beber e cozinhar. São mais de 10 mil famílias com acesso à água para produzir alimentos, garantindo fartura na mesa e, muitas vezes, uma renda extra com a venda do excedente.

Devemos grande parte do sucesso do nosso trabalho à transparência, seja nas ações em campo, como no gerenciamento dos recursos. Além dos nossos próprios instrumentos de controle interno, periodicamente, nossas contas são analisadas pelos órgãos de fiscalização e controle, a exemplo da Coordenadoria Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU). Nunca fomos acusados de desvios de recursos.

Pelo contrário, o modelo de gestão de recursos da AP1MC tem servido de exemplo para diversos espaços, inclusive para outros países.

Para finalizar, gostaríamos de convidar a colaboradora do blog em Recife, Noelia Brito, para nos fazer uma visita e conhecer as ações da ASA de perto e, aí sim, contribuir com
informações que possam gerar uma matéria que cumpra seu papel de informar os leitores de forma ética e imparcial.

Naidison de Quintella Baptista
Presidente da AP1MC

Um comentário:

  1. Sabemos que há uma onda de caça às Ongs. Há um interesse nisso e não podemos fugir do debate. Temos que sair em defesa de organizações sérias como a ASA, pois não podemos concordar que a coloque no mesmo saco onde estão aquelas que não passam de "fachadas". A ASA tem história e sua história é construída e compartilhada com milhares de pessoas que vivem no semiárido!

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